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A indústria brasileira ainda contabiliza as perdas causadas pelo apagão que atingiu 18 estados brasileiros entre a noite de terça (10) e a madrugada de quarta-feira (11).

Embora ainda não haja cálculo fechado sobre o valor total das perdas, empresas consultadas pelo G1 afirmam que registraram perdas e problemas pontuais, que não impediram a retomada da produção depois que o blecaute terminou.

A montadora Volkswagen, por exemplo, deixou de produzir 1,5 mil carros e 800 motores enquanto todas as quatro fábricas ficaram sem luz: em São Bernardo, Taubaté, São Carlos (todas no interior de São Paulo e na unidade de São José dos Pinhais, no Paraná.

Na Basf, houve parada em sete das nove fábricas que a companhia tem no país: Guaratinguetá (SP), São Bernardo (SP), São Paulo, (SP), Idaiatuba (SP), Mauá (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Paulínia (SP).

Além disso, a empresa diz que a falta de luz impediu processos burocráticos que causaram atrasos operacionais, como emissão de notas fiscais e carregamento de produtos. "Ainda estamos falando com todas as unidades de negócios para saber de quanto foi o prejuízo e decidir como a empresa agirá", informou a Basf em comunicado.

Clarão e atrasos

Já no caso da petroquímica Quattor, localizada no Grande ABC, o apagão acionou o sistema de segurança denominado flare (ou chama, em inglês) e provocou grande luminosidade das 22h30 às 0h30 na região, devido à queima dos gases.

Na Fiat, a interrupção do fornecimento de energia durou menos de uma hora, mas chegou a paralisar as atividades da montadora.

A fábrica, que fica em Betim, Minas Gerais, estado que foi menos afetado pelo apagão, ficou sem luz das 22h15 às 23.Nesse período, 185 veículos deixaram de ser produzidos – quantidade considerada pequena, já que a unidade produz cerca de 3 mil carros diariamente.

Na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o apagão resultou no desligamento de equipamentos secundários, como alto-forno e linhas de laminação, e na redução da produção na Usina de Volta Redonda. Em comunicado, a empresa informou que a produção já está normalizada.

A falta de energia elétrica paralisou também as atividades da fábrica da Bosch em Campinas.

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