Engenheiros com formação para atuar na construção civil, indústria e setor de óleo e gás. Que tenham pós-graduação ou MBA; fluência em inglês; além de boa capacidade de relacionamento interpessoal e competências para gerir pessoas. Esse é o perfil do executivo brasileiro desejado hoje pelo mercado de trabalho, segundo pesquisa da consultoria Michael Page sobre as demandas do mercado na América Latina.
O estudo considerou 1.580 ofertas de emprego intermediadas pela empresa no Brasil, México, Colômbia, Argentina e Chile no primeiro semestre de 2013. Assim como no Brasil, engenheiros para atuar na área de gestão das empresas são os profissionais mais requisitados na Argentina, Colômbia e Chile. Posições ligadas à administração de empresas também estão no foco das organizações dos cinco países pesquisados (veja detalhes no gráfico).
Segundo o gerente do escritório de Curitiba da Michael Page, Leandro Muniz, existe um movimento das empresas em direção à melhoria de sua eficiência. Mas não se trata necessariamente da abertura de novas posições. A maioria delas está apostando em posições relacionadas ao aumento da produtividade e redução dos custos, com investimentos em melhoria de processos, logística, finanças. "As empresas têm buscado um profissional mais caro no mercado esperando retorno para a eficiência do negócio", afirma Muniz.
Qualidades
Em todos os países pesquisados, a exigência do inglês aparece em mais de 50% das vagas abertas no site da consultoria, independentemente da área de atuação. A necessidade de domínio do segundo idioma aumenta nos cargos de gestão que, segundo a pesquisa, também valorizam profissionais que deram continuidade aos estudos, principalmente MBA. No Brasil, 10% das vagas publicadas exigem essa formação, enquanto que no México o número ultrapassa os 15%.
Comportamento
O estudo da Michael Page também procurou avaliar as habilidades de comportamento mais valorizadas pelas empresas na hora de contratar os seus profissionais. No Brasil, 43% das vagas mencionam competências em gestão de pessoas e 31% o bom relacionamento interpessoal. As empresas argentinas prezam, principalmente, pela liderança.
"Se antes a pessoa era contratada pelos seus conhecimentos e habilidades técnicas e era promovida ou demitida pelo seu comportamento, hoje a parte comportamental dos profissionais é cada vez mais importante para as empresas", destaca Muniz.
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