O conceito do movimento BAWB é o de que as empresas devem promover ações sociais sem descuidar da lucratividade. Seguindo esse mesmo preceito, a Itaipu Binacional entregou a coordenação de seus programas de responsabilidade social a quem mais entende de dinheiro na empresa, a diretora financeira Gleisi Hoffmann. "A empresa pública, por natureza, já tem uma função social", diz Gleisi. "Com mais eficiência, pode ampliar esse benefício." A Itaipu é uma das empresas paranaenses que apresentarão seus projetos sociais na terceira edição da Conferência Internacional BAWB Brasil.
No ano passado, Itaipu investiu US$ 15 milhões em programas sociais, no Brasil e no Paraguai. Em sua apresentação no segundo dia da conferência, Gleisi destacará duas iniciativas, "Saúde na Fronteira" e "Eqüidade de Gênero". O primeiro promove ações de saúde na área de abrangência da usina hidrelétrica de Itaipu, no Brasil e no Paraguai. A empresa mantém o maior hospital da região, o Costa Cavalcanti, para o qual destina US$ 1,5 milhão todos os anos. O segundo programa promove a igualdade entre os sexos nas relações sociais e de trabalho.
A América Latina Logística apresentará seu projeto "Oficina de Talentos", de qualificação de jovens profissionais. Criado em maio, o programa oferece ensino médio e prática profissional a 37 estudantes. A Brasil Telecom mostrará o uso do cartão telefônico para divulgar campanhas de interesse social. A Cal Hidra, de Almirante Tamandaré, falará sobre o resgate da auto-estima do profissional da construção civil e a Cocamar, de Umuarama, apresentará seu projeto de desenvolvimento do cultivo de soja em áreas improdutivas, no qual já investiu R$ 30 milhões.
O Instituto RPC, da Rede Paranaense de Comunicação, levará à conferência o projeto "Ler e Pensar", que incentiva a leitura e o conceito de cidadania tendo como referência as edições da Gazeta do Povo. Criado em 1999, o projeto tem a participação de 195 mil estudantes de 743 escolas de 32 municípios paranaenses. (FC)