Um comitê formado pelos secretários do Planejamento, Fazenda, Casa Civil, Administração, Infraestrutura e Logística e pela Procuradoria Geral do Estado autorizou ontem que três empresas façam estudos de viabilidade para estabelecer parcerias público-privadas com o governo do Paraná. Os estudos não terão nenhum custo para a administração estadual. Os projetos são de duplicação das rodovias PR-323, PR-445 e PR-092, e de ampliação da rede de distribuição de gás natural da estatal Compagás.
A Triunfo Participações e Investimentos manifestou interesse na duplicação do Corredor Norte Central (PR-445). Com 79,6 quilômetros, o trecho liga Londrina a Mauá da Serra. A mesma empresa propõe duplicar o Corredor Norte Pioneiro (PR-092). São 124,2 quilômetros ligando Jaguariaíva a Santo Antônio da Platina.
Já a Odebrecht Participações candidatou-se a elaborar estudo para duplicar a PR-323. A ideia é implantar um corredor rodoviário do Noroeste, ligando Guaíra ao interior de São Paulo, numa extensão de aproximadamente 300 quilômetros. Com isso, grande parte da rodovia seria duplicada.
A Andrade Gutierrez irá elaborar estudo de viabilidade da ampliação da rede de distribuição da Compagás. A ideia é construir um gasoduto ligando Curitiba, Araucária e Paranaguá. Também faz parte do projeto a construção de um complexo de gás no Litoral, com distribuição de Gás Natural Liquefeito (GNL). "O fornecimento de GNL é monopólio da Petrobras, mas ela não consegue entregar este gás na quantidade necessária para atender o estado", disse o secretário de Planejamento, Cassio Taniguchi. Ele disse que algumas das indústrias que estão se instalando no Paraná como Sumitomo, Cargill e Paccar necessitam deste abastecimento.
Para o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, as parcerias são vantajosas pela agilidade nas execuções. "O Estado, ao longo dos anos, não tem conseguido dar agilidade. Existem muitos entraves administrativos e burocráticos porque estamos lidando com recursos públicos. Mas isso acaba prolongando algumas coisas", afirma.