Curitiba Para aumentar a produtividade, uma das ações adotadas por empresas é o investimento na capacitação de funcionários. Treinamentos e cursos são comuns, mas o conceito de educação corporativa começa agora a ganhar mais espaço entre especialistas de Recursos Humanos no país. Com o objetivo de disseminar essa idéia e discutir novas propostas e metodologias, a Universidade da Indústria (Unindus) promoveu, de quarta até ontem em Curitiba, o I Seminário Paranaense de Educação Corporativa.
Segundo a professora Kira Tarapanoff, que proferiu a primeira palestra do evento, as universidades corporativas surgiram na década de 60 para atender às necessidades das empresas de treinar competências específicas. Um bom exemplo é a Petrobrás, que necessitava de um engenheiro de prospecção de águas profundas e precisou montar um treinamento direcionado a esse profissional.
Kira, que é assessora do projeto Universidade Corporativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, afirma que hoje no Brasil existem cem empresas que mantêm ensino corporativo. Algumas delas, como Siemens, Cia. Vale do Rio Doce, Embraer, HSBC e Sadia, estiveram presentes no seminário para mostrar o que estão fazendo no setor. A maioria investe muito em ensino a distância e pela internet.
A Brasil Telecom investiu no ano passado R$ 7 milhões em educação corporativa, quando foram treinadas 10,6 mil funcionários e parceiros. O gerente de Recursos Humanos, Paulo Barreto, conta que foram economizados R$ 3,2 milhões por causa do programa, já que não foi preciso gastar em treinamento fora da empresa.
"Pessoas capacitadas são mais seguras e felizes, porque sabem que são capazes. São essas que podem contribuir para o sucesso da empresa", diz Suely Agostinho, diretora de Recursos Humanos da Caterpillar Brasil, que possui 4,7 mil funcionários no país. A empresa investe R$ 4 milhões por ano na qualificação pessoal.
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