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Petrobras

Empresas nacionais deverão produzir plataformas para o pré-sal

Temendo possíveis dificuldades de crédito para seus fornecedores no exterior, a Petrobras deverá adotar nova estratégia para encomendar suas plataformas de produção destinadas ao pré-sal, convidando companhias nacionais - e com acesso ao financiamento via BNDES. Apenas o pacote com as dez unidades previstas para atuarem no pólo de Tupi na próxima década, ficaria em torno de US$ 16 bilhões, segundo cálculos do mercado (sem considerar o sistema submarino, que eleva em pelo menos mais US$ 1 bilhão o custo de cada unidade).

Com exceção das grandes plataformas - P-51, P-52, e outras do mesmo porte, com capacidade para a produção de 180 mil barris por dia - a empresa vinha encomendando uma série de FPSOs (navios-plataforma destinados à extração, armazenagem e transferência de óleo e gás) com capacidade de até 100 mil bpd, junto às empresas estrangeiras, como Floatec, Modec, BW SBM, responsáveis pela construção e operação das unidades ao longo de períodos entre cinco e 15 anos.

Agora, a idéia é convidar as empresas brasileiras que atuem na perfuração de poços de petróleo e gás para virem atuar também na produção. Segundo fontes do setor, devem receber a carta-convite as empresas Etesco, Delba, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Odebrecht, Petroserv, Schahin, e Queiroz Galvão, entre outras. A estratégia é que estas empresas construam as plataformas no país, com auxílio do financiamento do BNDES devido ao elevado conteúdo nacional (65%), e depois a fretem para a Petrobrás por um período de 15 anos.

Segundo fontes, as duas primeiras unidades seriam destinadas aos projetos-pilotos de Iara e Guará, na Bacia de Santos, e seriam instaladas entre 2013 e 2014, com capacidade para produzir entre 100 mil e 120 mil barris de petróleo cada.

As oito demais, com capacidade superior de produção (150 mil bpd) e estocagem (1,6 milhão de barris), destinadas ao mesmo pólo, estão previstas para serem encomendadas por meio de EPCs (empresas especializadas em operação e gestão de obras), que ficariam responsáveis por construir a parte superior das plataformas, que são definidas a partir das características típicas de cada campo em que ela for atuar.

Os oito cascos destas unidades, já estão sendo licitados, mas as propostas que estavam previstas para serem entregues em 30 de janeiro só serão entregues em março. Os cascos serão construídos no dique seco que a Petrobrás aluga no Sul do país. A previsão é de que estas plataformas operem a partir de 2015.

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