O advogado da Camacuã, Mílton Galvão, confirma que a obtenção das liminares permitiu um crescimento nas vendas da empresa, mas de apenas 20%. A empresa de Londrina tem 17 filiais no país, com maior atuação no Paraná, onde vende para cerca de 500 postos, e na Bahia. Ele também acusa a prática de tabelamento de preço pela Receita e a demora na recuperação de créditos. "O estado ganha 30% a 40% sobre o preço da nota e a empresa tem crédito a receber desde outubro."
Já a Sercom, estabelecida em Araucária, rebate as acusações do Sindicom. Para o sócio Alexsandro Benevides, são as pequenas distribuidoras que regulam o preço do mercado, pois têm "estrutura menor e preço justo". "Se não fosse por nós, as grandes venderiam mais caro", diz. Com "99% das vendas direcionadas a postos de bandeira branca", a empresa vende 5 milhões de litros mensais a cerca de 1,5 mil postos em todo o estado, com margem de lucro de R$ 0,01 por litro. Ele diz que, com a liminar judicial, conseguiu o direito de não pagar duplamente pelo imposto, e que aplica a porcentagem de 33,33% sobre o preço de venda e não apenas sobre o imposto devido pela revendedora. (HC)