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operação predador

Empresas que praticavam concorrência desleal possuíam 60% do comércio de combustível

O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Leonir Batisti, informou nesta tarde de quarta-feira (16) que as empresas que praticavam concorrência desleal no setor possuíam 60% de todo o comércio de combustíveis no Paraná. Treze pessoas foram presas em uma ação conjunta desencadeada em quase todas as regiões do Paraná - e também em Minas Gerais e São Paulo - contra grandes empresários suspeitos de praticarem concorrência desleal no setor de combustíveis.

A ação ocorre desde a manhã desta quarta e é uma parceria da Polícia Civil, Militar e do Gaeco do Ministérios Públicos do Paraná, São Paulo, e Minas Gerais. Na região Noroeste do Paraná, a operação ocorre em Maringá, Campo Mourão e Umuarama.

A assessoria de imprensa do Ministério Público do Paraná não soube informar onde foram efetuadas as 13 prisões. O que se sabe é que algumas delas ocorreram no Noroeste do Paraná.

Trinta e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos e 60 postos de combustíveis foram fechados. No Paraná, as cidades em que houve ações do Gaeco foram Curitiba, Araucária, Campo Largo, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa, Umuarama, Engenheiro Beltrão, Campo Mourão e Ibiporã.

O promotor do Gaeco em Maringá, Laércio Januário de Almeida, afirmou que pelo menos cinco prisões foram feitas na região de Maringá, até as 9h15. Mais prisões podem acontecer até o fim do dia, pois a operação ainda não terminou.

De acordo com as primeiras informações, há indícios do uso de preço predatório entre várias distribuidoras e postos de combustíveis no estado para acabar com a concorrência.

Em Campo Mourão, a polícia executou mandados de prisão e de busca e apreensão antes das 9h25. Três donos de postos foram presos e responderão pelos crimes de sonegação e formação de cartéis. Seis bombas foram de três postos foram lacradas e houve também a apreensão de notebooks, livros de registros, notas fiscais, vasilhames de combustíveis guardados em locais inapropriados e carregadores de armas.

A organização não-governamental Comitê Sul Brasileiro de Qualidade de Combustíveis também participa da operação para descobrir se há ainda casos de adulteração dos produtos nos estabelecimentos investigados.

Além de serem suspeitas de adulterar combustíveis e praticarem concorrência desleal, as empresas ainda sonegariam impostos. A Secretaria da Fazenda do Estado está investigando as distribuidoras e postos de combustíveis sobre o caso.

De acordo com o MP-PR, a investigação começou em junho de 2009 e apontou a participação de 14 distribuidoras e 60 postos de combustível no esquema.

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