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Empréstimo às elétricas será de R$ 6,6 bi

Custo da operação será repassada ao consumidor em 2015 | Antônio More/ Gazeta do Povo
Custo da operação será repassada ao consumidor em 2015 (Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo)

Em sua estratégia para evitar reajustes extras de tarifas ou mais sangria no caixa do Tesouro no ano eleitoral, o governo anunciou ontem a segunda rodada de empréstimos para socorrer as distribuidoras de energia elétrica, no valor de R$ 6,6 bilhões e a juros mais altos. A nova operação conta, até agora, com a participação de oito bancos – três públicos e cinco privados –, que vão receber juros mais altos para bancar o financiamento. O governo garante que este será o último empréstimo.

Ao todo, o governo negociou R$ 17,8 bilhões com instituições financeiras neste ano, um pouco mais da metade com bancos públicos, para que as distribuidoras possam pagar pela energia mais cara que estão sendo obrigadas a comprar. Sem estes empréstimos, o governo teria de socorrer as distribuidoras de energia elétrica com recursos do Tesouro em valor semelhante ao dos empréstimos, o que se mostrou inviável diante da queda na receita provocada pela retração da economia. Ou teria de optar por reajustes extras de tarifas já neste ano, num momento em que a inflação segue acima dos 6%, o que poderia estourar o teto da meta, de 6,5%.

A segunda rodada de empréstimo terá juros de 2,35% ao ano, mais correção pelo CDI (Certificado de Depósito Interbancário), com prazo de carência até outubro de 2015 e pagamento entre novembro do ano que vem e novembro de 2017. A primeira operação, de R$ 11,2 bilhões, teve taxa de 1,9%, mais CDI.

"A equação do setor elétrico não se faz apenas de empréstimo. Estou afirmando que não teremos mais empréstimo e não consta no planejamento do ano que vem nenhum tipo de empréstimo", disse o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Cafarelli.

A operação já tem garantida a participação de sete bancos --Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco, Itaú, Santander, BTG Pactual e Citibank--, além do BNDES, que vai arcar com R$ 3 bilhões da operação. BB e Caixa devem entrar, cada um, com R$ 750 milhões. Segundo Caffarelli, outros seis bancos ainda avaliam a proposta. O prazo para novos participantes é 15 de agosto, quando o dinheiro estará disponível às distribuidoras.

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