O financiamento que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concederá ao consórcio Norte Energia, vencedor da disputa para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, será o segundo maior empréstimo da história da instituição. Perde apenas para o crédito de R$ 25 bilhões liberado para a Petrobras, que teve contrato de financiamento assinado em julho do ano passado.

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De acordo com uma fonte do banco, ainda serão analisados os cadastros de todos os integrantes do consórcio vencedor para a efetivação do empréstimo. Mas, em princípio, o deságio de 6% sobre uma tarifa que já vinha sendo classificada pelos investidores como muito baixa para o projeto, não está sendo considerado um empecilho. De acordo com fontes do banco, as vantagens extras oferecidas no financiamento facilitaram a estrutura financeira do projeto a ponto de justificar esta diferença em relação à tarifa-teto fixada pelo governo.

O BNDES irá contratar um consórcio de agentes financeiros (bancos privados) para assumir parte dos riscos do financiamento à obra. Por lei, o banco está limitado a comprometer, no máximo, 25% de seu patrimônio de referência (atualmente de R$ 54 bilhões) num único projeto. Isso significa que o financiamento a Belo Monte não poderia ultrapassar R$ 13,5 bilhões (em torno de 70% do orçamento total).

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Mas, o banco já anunciou que poderá financiar até 80% do projeto da usina, direta e indiretamente. Como o orçamento oficial é de R$ 19,6 bilhões, o porcentual corresponde a R$ 15,68 bilhões, deixando pouco mais de R$ 2 bilhões como risco para os agentes privados. Este excedente será financiado a um custo ligeiramente superior às condições já anunciadas pelo banco.

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