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Greve

Encomendas param no Afonso Pena

Greve dos funcionários dos Correios completa uma semana hoje | André Rodrigues/ Gazeta do Povo
Greve dos funcionários dos Correios completa uma semana hoje (Foto: André Rodrigues/ Gazeta do Povo)

Desde que começou a greve de trabalhadores dos Correios, na semana passada, milhares de encomendas que seriam enviadas ou recebidas do exterior estão paradas no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O Centro de Encomendas Especiais, que é responsável pela triagem das correspondências internacionais e de parte da linha Sedex (Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje), está completamente parado desde a última quarta-feira, dia 18, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom).

Os Correios, por meio de nota oficial, confirmaram que a entrada de carga internacional no aeroporto está bloqueada. A empresa diz que está procurando alternativas para escoar as encomendas e que as outras saídas para o exterior – em aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro – estão funcionando normalmente. Não há informação oficial sobre o número de encomendas internacionais que não foram postadas.

Os serviços de entrega dentro do país sofrem lentidão, mas não foram interrompidos. Cerca de 629 mil correspondências estão atrasadas dentro do estado, de acordo com os Correios.

Agências fechadas

Segundo os Correios, pelo menos três agências foram bloqueadas no interior do estado – em Apucarana, Bandeirante e Santo Antônio da Platina. O sindicato, porém, afirma que todas as agências do Paraná estão funcionando normalmente, apesar do contingente reduzido.

Adesão

Outro desencontro de informação é em relação ao número de grevistas no estado. Os Correios estimam que apenas 10% dos empregados tenham aderido à paralisação no Paraná, enquanto o sindicato diz que a adesão é de cerca de 60%.

Não há previsão de nova rodada de negociação. Os Correios mantém a proposta de reajuste de 8% nos salários e 6,27% nos benefícios. Os trabalhadores reivindicam, entre outros pontos, aumento real de 15%, além da recomposição da inflação de 7,13%. No Paraná, grevistas pedem a contratação de mais 1,5 mil trabalhadores para melhorar a qualidade do serviço.

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