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Milagre

Endividados recorrem à Santa Edwiges para saldarem suas dívidas

Centenas de fiéis que estão com contas em atraso recorreram à Santa Edwiges (à direita da imagem), protetora dos endividados na paróquia do Caiuá, em Curitiba | Marcelo Andrade / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Centenas de fiéis que estão com contas em atraso recorreram à Santa Edwiges (à direita da imagem), protetora dos endividados na paróquia do Caiuá, em Curitiba (Foto: Marcelo Andrade / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

"Ó Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos desvalidos e o socorro dos endividados". Foi que assim que centenas de fiéis que estão com contas em atraso recorreram à Santa Edwiges, protetora dos endividados, no seu dia, comemorado nesta terça-feira (16), na paróquia do Caiuá, em Curitiba.

A santa, ao que parece, vai ter bastante trabalho. De acordo com o último levantamento da Federação do Comércio do Paraná (Fecormercio-PR), referente a agosto, 24,3% dos curitibanos estão com dívidas atrasadas e 8,7% não terão condições de pagá-las. Quando a situação aperta e a dívida cresce, muitas pessoas acabam recorrendo à fé. "Mas tem funcionado. Muita gente que veio para a missa no dia da santa nos anos anteriores teve seus problemas solucionados, espero que continue assim", garante o padre da paróquia curitibana, Raimundo Alves Ferreira.

De acordo com o padre, Santa Edwiges viveu no século XII e doou uma grande fortuna para libertar pessoas que tinham sido presas por não poderem quitar suas dívidas.

Atualmente, muitas pessoas esperam a ajuda dela para arranjar meios de acertar as contas atrasadas. O casal João e Lindalva Henriques acompanhou a missa em homenagem à santa ontem para ver se conseguem se livrar do rotativo do cartão de crédito. "Só ajuda divina para quitar uma dívida que triplica de valor em um ano", explica ele.

Já a professora Luciana Nakagima voltou ontem à igreja da santa para agradecer que o seu pedido feito no ano passado foi solucionado. "Eu estava com o condomínio atrasado há seis meses e não sabia mais o que fazer", conta. Dois meses depois, a aposentada ganhou na justiça o direito a uma pensão da previdência que aliviou seu orçamento. "Já tinha desistido desta ação e ela apareceu do nada. Hoje, estou com a dívida zerada", comemora a professora.

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