O endividamento das famílias brasileiras caiu para 58,9% após três meses consecutivos de alta, de acordo com pesquisa mensal divulgada nesta quinta-feira (27) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
Em agosto, o total de famílias endividadas ficou em 59,8% - o maior indicador do ano. Na comparação com setembro do ano passado, a queda foi ainda maior. No período, 61,6% das famílias entrevistadas estavam endividadas.
Para a economista da CNC, Marianne Hanson, as políticas de estímulos ao crédito e à aquisição de bens duráveis continuam exercendo impacto moderado sobre o número de famílias endividadas. "Porém, esse número continua inferior ao observado em 2011", disse.
O endividamento é caracterizado por dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carros e seguros. O cartão de crédito foi apontado como o principal deles por 73,3% das famílias endividadas.
Nas famílias com renda inferior a dez salários mínimos, a queda foi para 60,5%, ante 61,1% em agosto e 62,7% em setembro de 2011. Para acima do valor, o endividamento atingiu 51,7% das famílias, ante 53,6% em agosto e 55,1% no ano passado.
Atraso
O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso também recuou, registrando 19,1% em setembro contra 21,3% em agosto. Em setembro do ano passado, o indicador era de 24,3%.
Já o percentual de famílias sem condições de pagar seus débitos ficou estável na comparação com agosto. Em relação ao mesmo período de 2011, a queda foi de 0,9 ponto percentual.