O endividamento dos brasileiros atingiu novo recorde em março, mostram dados divulgados pelo Banco Central ontem. No mês, as dívidas das famílias equivaliam a 43,99% da sua renda média anual. Em 2005 data de início da pesquisa do BC o índice não chegava a 20%.
O aumento do endividamento dos brasileiros é apontado por economistas como um dos fatores que impulsionaram o crescimento nos últimos anos, mas que agora tem limitado a expansão da economia, na medida em que reduz o espaço para os consumidores continuarem ampliando seus gastos.
O Banco Central, no entanto, não considera o número muito preocupante, pois parte dele equivale a dívidas contraídas como financiamento imobiliário. Nesse caso, a parcela da dívida substitui o aluguel e, ao fim, significa a aquisição de um patrimônio, disse o chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel, durante coletiva sobre o mercado de crédito, na semana passada.
Se descontado o crédito imobiliário das dívidas das famílias, o endividamento médio dos brasileiros equivalia em março a 30,48% da sua renda anual. O número representa uma leve queda em relação ao mês anterior e segue abaixo do recorde atingido em agosto do ano passado, de 31,5%.
O comprometimento da renda com parcelas da dívida também recuou um pouco em março para 21,66%. Isso significa que, na média, o brasileiro gasta pouco mais de um quinto do seu rendimento mensal com dívidas.
Revisão
O BC havia divulgado no ano passado que o endividamento das famílias havia superado 44%. No entanto, como a série sofre ajustes todo mês, os números do ano passado sofreram leve recuo.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast