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Avaliação

Endividamento derruba a classificação da ALL

Entre as empresa com sede no Paraná, apenas a América Latina Logística (ALL) e a empresa de processamento de soja Imcopa têm algum tipo de rating na escala global (considerada em âmbito internacional). Nos dois casos, no entanto, bem distante do grau de investimento.

Na avaliação da Fitch, a ALL tem rating B+, ou seja, em grau especulativo. A nota foi derrubada em junho de 2006 (era BB-). Pesam contra a empresa, na avaliação da agência, a necessidade de constantes investimentos para aumento da sua capacidade e eficiência e a forte dependência da performance agrícola brasileira. A diminuição da nota veio depois da aquisição da Brasil Ferrovias e da Novoeste Brasil, em junho de 2006, que aumentou seu endividamento. O diretor sênior de avaliação de empresas da Fitch Rating, Ricardo Carvalho, explica, no entanto, que a diminuição não significa que a agência tenha uma visão negativa sobre o processo de aquisição em si. "Mas eles são, em geral, acompanhados de aumento de alavancagem [comprometimento do patrimônio com pagamento de operações financeiras]. E isso é importante quando falamos em risco de crédito", diz. "Se a ALL mostrar eficiência em capitalizar sinergias e vantagens dos ativos adquiridos, tende a caminhar para frente."

Recentemente uma situação semelhante fez com que as agências colocassem sob análise o rating da Gerdau. No mês passado, o maior grupo siderúrgico da América Latina comprou a concorrente americana Chaparral Steel, segunda maior produtora de aço estrutural pesado dos Estados Unidos. O negócio de US$ 4,2 bilhões foi o maior e mais caro já feito pelo grupo. "Vamos avaliar os impactos dessa aquisição no caixa da companhia", diz o analista Reginaldo Takara, da Standard&Poors, que atribui perpectiva de baixa ao rating da companhia (hoje BBB-).

A outra empresa paranaense sob avaliação – a Imcopa, que tem sede em Araucária (região metropolitana de Curitiba) – tem classificação B/Estável, atribuída pela S&P. Em seu relatório, a agência diz que o rating reflete a exposição da empresa "às volatilidades associadas às suas operações com commodities e, em particular, às margens apertadas nos esmagamento de soja."

Para a agência, uma revisão positiva do rating depende da capacidade da empresa de atingir suas metas de negócios, "melhorando de forma consistente as margens operacionais, reduzindo seu volume de dívida." (CS)

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