O endividamento da pessoa física cresceu 19,7% no ano passado e os compromissos das famílias com cartão de crédito, cheque especial, empréstimos bancários, previdência e gastos direcionados para habitação e financiamento rural somaram R$ 637,393 bilhões, de acordo com números do Departamento Econômico do Banco Central.
Esse estoque de dívidas é maior que os R$ 555 bilhões encontrados em pesquisa da LCA Consultores, segundo a qual esse valor equivaleria a cerca de 40% da renda anual da população. De acordo com o BC, o endividamento atual da pessoa física passa de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país, estimado em R$ 3,130 trilhões.
Análise
O crescimento da dívida é visto, porém, com serenidade por alguns analistas de mercado, como o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Piscitelli. Para ele, o aumento da dívida é sustentável em um quadro de evolução da economia, com mais renda, poupança e emprego formal. Ele chama a atenção, contudo, para o fato de os juros bancários no Brasil ainda serem muito altos. Quanto maior for o prazo, mais cara será a dívida.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast