O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Tiago de Barros, afirmou nesta segunda-feira (23) que a falta de recursos pode levar o órgão a paralisar as atividades.
“Do jeito que está, a gente não fecha o ano. Daqui a dois meses, teria que parar o serviço porque não tem dinheiro para pagar a conta de luz”, afirmou, em entrevista durante evento na FGV.
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A Aneel é responsável pela licitação e fiscalização dos serviços responsáveis pelo suprimento de energia elétrica no país.
A agência propôs um orçamento de R$ 240 milhões para este ano, mas os últimos números aprovados ainda pela presidente afastada Dilma Rousseff garantiram R$ 200 milhões.
“Gastamos R$ 165 milhões com salários e só sobrariam pouco mais de R$ 40 milhões para gastar com luz, fiscalização, passagens... É impossível”, justifica Barros.
No início de maio, a Aneel suspendeu os serviços de teleatendimento ao consumidor. Barros diz que foram suspensas também as audiências públicas para discussão de temas regulatórios.
Segundo ele, a falta de recursos põe em risco também o trabalho de fiscalização da qualidade do fornecimento de energia no país.
“Não faz sentido o contingenciamento imposto na Aneel”, reclamou Barros, argumentando que a agência gera superávit com a arrecadação de taxas de fiscalização e que esses recursos não podem ser destinados ao custeio de outras áreas.
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