A energia dos ventos continua avançando a passos largos no Brasil. Em 2015, o país adicionou 2,75 gigawatts de energia eólica à produção nacional e se firmou como a quarta nação do mundo onde essa fonte de energia mais cresce, atrás apenas da China, Estados Unidos e Alemanha. Em capacidade instalada total, o Brasil ocupa a décima posição, segundo o relatório anual do Global World Energy Council, divulgado neste mês.
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Com 111 novos parques eólicos e 1.373 turbinas, o Brasil superou, no ano passado, a marca dos 2,5 GW em operação em 2014. Em capacidade eólica, temos 8,7 GW instalados no país, onde essa fonte já representa 6,2% do total. Considerando a energia eólica já contratada para 2019, a capacidade instalada total deve saltar para 18,6 GW, aponta o relatório do GWEC.
Até 2024, a meta é chegar a 24 GW, cobrindo 11% da geração de energia do Brasil. A maioria esmagadora dos empreendimentos está concentrada na região Nordeste, que reúne as melhores características para a geração de energia eólica do país.
“Mesmo com a crise econômica que o Brasil está atravessando, a indústria eólica segue crescendo, com perspectivas muito otimistas. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 802 projetos para o Leilão A-5 2016, que será realizado em 29 de abril, para contratar energia elétrica para ser fornecida a partir de 2021. No total, foram 29.628 megawatts de capacidade instalada de várias fontes, 17.131 MW de eólicas”, destaca Elbia Melo, presidente da ABEEólica.
Para este ano, a previsão do GWEC para o avanço das eólicas no Brasil é ainda mais otimista, em linha também com o que projeta a ABEEólica: devem ser instalados cerca de 3 GW de energia eólica, o equivalente a um investimento de R$ 18 bilhões.
Recorde mundial
A matriz energética mundial, por sua vez, ganhou 63 GW de capacidade eólica instalada em 2015 – o Brasil contribuiu com 4,3% desse total. O novo recorde em relação ao total que havia sido instalado em 2014 – 51,7 GW – fez de 2015 um ano sem precedente para a indústria eólica mundial, já que as novas instalações ultrapassaram a marca de 60 GW pela primeira vez na história, de acordo com o relatório.