A adoção do uso de transportes limpos no Brasil reduziria a demanda por petróleo, diminuindo os gastos com a commodity em até R$ 30,4 bilhões por ano até 2030, de acordo com analistas econômicos da consultoria Cambridge Econometrics e outros especialistas. A previsão foi feita com base no relatório Oil Market Futures lançado hoje.
A adoção de políticas para promover mobilidade com baixa emissão de carbono reduziria os gastos globais com petróleo por volta de US$ 330 bilhões entre 2020 e 2030. O efeito da adesão a esta prática em nível mundial teria reflexo no Brasil, poupando cerca de R$ 15,2 bilhões por ano em 2030 pela queda nos preços da commodity.
De acordo com o relatório, a era do petróleo ultrabarato está terminando, pois as mudanças climáticas e a ausência de medidas necessárias para enfrentá-las podem levar o preço do barril até US$ 130 em 2050. O aumento, entretanto, será bem menor com o uso de tecnologias de transporte de baixo carbono, o que manteria o preço entre US$ 83 e US$ 87 por barril em 2050.
Nesta sexta-feira (22) 130 líderes mundiais assinam o acordo climático da COP 21, fechado no final de 2015 em Paris. Um dos compromissos estabelecidos foi o de limitar o aquecimento global a 1,5ºC, o que tornaria necessárias modificações na política de transportes dos países envolvidos.
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