Em 2006, um casal de engenheiros norte-americanos, Scott e Julie Brusaw, imaginou algo ousado: uma estrada feita de um vidro resistente que comportasse módulos solares conectados à rede elétrica capazes de gerar energia para abastecer carros, países inteiros e ainda tornar os caminhos mais seguros. As ruas também emitiriam sinais de alertas luminosos diante de riscos iminentes.
Oito anos depois, em 2014, o recurso inicial para tirar a ideia do papel chegou. Por meio de um site de financiamento coletivo, US$ 2 milhões foram arrecadados pela Solar Roadways, a startup criada pelo casal, de Idaho. A empresa fabrica painéis solares hexagonais. Mais duráveis que o asfalto, eles têm saída para águas pluviais e a característica modular facilita a manutenção.
Aplicações
Até agora, três rodadas de testes da novidade já foram completadas com o Departamento de Transportes dos Estados Unidos. O projeto também chamou a atenção do Missouri. O estado norte-americano pretende instalar os painéis em uma calçada em frente ao Welcome Center, na cidade de Conway, como parte de um projeto piloto.
As estruturas poderiam substituir qualquer pavimento, entre eles, ruas, estradas, estacionamentos, calçadas, ciclovias e até parques infantis. Segundo os idealizadores, se instaladas em todas as rodovias dos Estados Unidos, as placas captariam luz suficiente para produzir três vezes mais energia do que a média consumida atualmente por todo o país.
Outro benefício que a inovação pode trazer é economia na remoção de neve e gelo das ruas, necessária nos meses de inverno. Os módulos solares podem ser equipados com um elemento de aquecimento capaz de derreter as porções que se acumulam nas vias e dificultam o trânsito.
Um vídeo divulgado pelo casal mostra a resistência da tecnologia, capaz de suportar o peso de um trator.