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Energia

Cinco razões para você acreditar que ainda vai ter um painel solar

 | ra/ms/RODRIGO ARANGUA

Ao que tudo indica, em um futuro (não muito distante) os painéis solares estarão cada vez mais presentes na vida das pessoas em todo o mundo. No caso dos brasileiros, por exemplo, o número de unidades consumidoras que produzem a própria energia deve saltar dos atuais cinco mil para cerca de 1,2 milhão até 2024, segundo a estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Tanto no cenário atual como na projeção, a liderança absoluta da geração doméstica é da energia solar, por isso, reunimos cinco motivos que farão você acreditar que ainda terá seu próprio sistema de energia solar fotovoltaica.

1. Mais barato

Se antes os altos valores de instalação e manutenção eram as grandes barreiras para o sistema energia solar fotovoltaica se popularizar no Brasil, aos poucos isso vai deixando de ser verdade. Primeiro porque a estimativa é de que só nos últimos dez anos o preço dessa tecnologia caiu cerca de 80% e, atualmente, gira em torno de R$ 20 mil a R$ 70 mil para residências.

Outro fator determinante nesses preços é que o Brasil segue uma tendência mundial em que a solar está se tornando a opção mais barata de geração de energia. Em diversos países, por exemplo, ela já é mais barata que o carvão. Por aqui isso deve ocorrer em apenas três anos e, em menos de uma década, a previsão é de que na maioria dos países essa também seja a realidade.

Além disso, já estão disponíveis no mercado planos de energia solar por assinatura, além de consórcios para adquirir um sistema. A tendência é que em pouco tempo o custo já não seja mais uma “boa desculpa” para não ter seu próprio painel.

2. Mudanças na legislação

Outra barreira para a energia solar no Brasil que começa a ser quebrada é a da regulamentação na geração doméstica de energia. Desde 2012 o consumidor brasileiro já está autorizado a gerar a própria energia, mas em março de 2016 esse cenário melhorou ainda mais com a Resolução Normativa 687 da Aneel, que permite também a geração distribuída. A regulamentação significa um empurrão importante para o setor já que, além de gerar a própria energia, o consumidor brasileiro também pode se tornar um fornecedor e comercializar o excedente gerado.

A resolução, além de reduzir diversos entraves burocráticos, abre também outras possibilidades como a geração compartilhada, no qual consumidores podem se unir em um consórcio ou cooperativa e compartilhar a produção energética gerada por uma única estrutura de microgeração.

3. Incentivos financeiros

Mais um fator que facilita a vida de quem quer investir em um sistema de geração de energia solar são as linhas de créditos oferecidas por diversos bancos. São ao menos sete opções de bancos que oferecem essa opção, com valores e prazos que variam, e a tendência é que cada vez mais instituições disponibilizem esses financiamentos para quem quer gerar a própria energia.

Outros incentivos também são boas razões para ver com bons olhos a opção de instalar um painel solar em casa. Em alguns estados brasileiros, por exemplo, há a isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para quem gera a própria energia. No Paraná, esse tipo de ação ainda é discutida.

Nos Estados Unidos, também existe incentivo do site de hospedagens Airbnb que oferece dinheiro aos membros que instalarem painéis solares em casa. No futuro, opções semelhantes podem aparecer por aqui.

4. Inovações

O avanço da tecnologia é outro motivo que confirma a tendência de que no futuro cada vez mais casas terão seu próprio painel solar. Nos Estados Unidos, já existem painéis solares “embutidos” em telhas e também películas transparentes que transformam janelas e telas de smartphones em pequenos painéis de energia solar. No Brasil, há também eventos que incentivam a criação de novos projetos para democratizar esse tipo de tecnologia como o Desafio Solar, organizado pelo Greenpeace e pela incubadora NESsT Brasil.

5. Crescimento do setor

Por fim, o crescimento exponencial do setor de geração de energia solar é o que reforça a teoria de que dificilmente você ficará “imune” aos painéis nos próximos anos. O setor já mostrou para o que veio assim que passou de apenas três sistemas instalados no Brasil em 2012 para 4.955 em 2015. A projeção da Aneel prevê que ele continue crescendo de forma significativa, a estimativa da agência é que em 2024 cerca de 1,2 milhão de consumidores gerarão a própria energia.

Outra projeção de crescimento para os próximos anos que anima o mercado é o fato de que devem ser criados 100 mil novos empregos, diretos e indiretos, só nos próximos três anos. Além disso, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), só nos últimos dois anos o setor cresceu 70% e deve responder por 10% da matriz energética em 2030.

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