O projeto da CS Bionergia, companhia formada pela Sanepar e Catallini Bioenergia, que usa o lodo das estações de tratamento de esgoto para gerar energia elétrica deve entrar em operação no começo do ano que vem com capacidade para produzir até 2,8 megawatts (MW).
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Esta primeira fase do projeto custou R$ 62 milhões. Metade desse valor foi custeado pelos acionistas. A outra parte veio de um empréstimo-ponte feito até que os recursos fossem liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A promissória venceu no início de setembro e agora a companhia vai emitir debêntures no valor de R$ 30 milhões, com prazo de 12 meses, para cobrir o valor até que os empréstimos sejam finalmente liberados.
“Estamos na fase da apresentação das garantias ao BNDES. Já deveríamos ter recebido o dinheiro o projeto, mas houve atraso na liberação em função do contexto econômico”, afirmou Gustavo Guimarães, diretor financeiro da Sanepar. Como acionista da CS Bioenergia, com 40% de participação, a Sanepar vai atuar como fiadora da empresa no processo de emissões de debêntures.
A emissão de debêntures será feita junto ao banco Votorantim, com custo financeiro igual a CDI mais taxa de 2,85% ao ano, além de uma comissão de 1,40% sobre o volume total da emissão.
Funcionamento
Construída estrategicamente ao lado da Estação de Tratamento de Esgoto Belém, a usina de biogás terá capacidade de produzir até 2,8 megawatts (MW) de energia, podendo ser expandida para 4,5 MW. Parte do potencial (600 kW) irá suprir a demanda da própria usina. O restante será vendido no mercado livre, segundo Luciano Fedalto, diretor técnico da CS Bioenergia S.A.
Maior entre as 240 estações da Sanepar, a ETE Belém teve sua capacidade ampliada recentemente de 800 litros por segundo de esgoto para cerca de 1.200 litros por segundo, e deverá passar por uma nova ampliação no futuro para ampliar a capacidade de tratamento.
O lodo gerado nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) da Sanepar e os resíduos sólidos orgânicos provenientes de grandes geradores, como, por exemplo, restaurantes, shoppings, supermercados e do centro de abastecimento (Ceasa), serão direcionados a biodigestores para decomposição, resultando em um gás . Com a parte civil da obra praticamente concluída, o projeto depende agora da instalação dos equipamentos, incluindo dois geradores importados da Áustria que irão transformar o gás resultante dos resíduos em eletricidade.
Estamos na fase da apresentação das garantias ao BNDES. Já deveríamos ter recebido o dinheiro o projeto, mas houve atraso na liberação em função do contexto econômico.
Gustavo Guimarães, diretor financeiro da Sanepar.
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