Dentro de 14 anos, as turbinas eólicas espalhadas na terra e no mar deverão suprir 20% de toda a demanda mundial por energia. A projeção é do relatório sobre o futuro da energia eólica no mundo, do Global Wind Energy Council (GWEC).
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Até 2030, a energia eólica poderia chegar a 2.110 GW, sendo responsável por até 20% da energia mundial. No embalo desse crescimento, o setor poderá criar 2,4 milhões de novos empregos e reduzir as emissões de CO2 em mais de 3,3 bilhões de toneladas por ano, além de atrair investimentos anuais da ordem de 200 bilhões de euros.
“Agora que o Acordo de Paris está entrando em vigor, os países precisam olhar com seriedade para os compromissos que assumiram em dezembro passado. O cumprimento das metas de Paris significa uma matriz livre de combustíveis fósseis antes de 2050 e a energia eólica vai desempenhar um papel importante para que possamos chegar lá”, disse Steve Sawyer, secretário-geral GWEC.
Mais competitivas
A relevante queda de preço nos anos recentes para energia eólica, solar e outras renováveis mostrou que uma matriz sem energias fósseis não é apenas tecnicamente possível, mas também economicamente competitiva. Novos mercados estão se desenvolvendo rápido na África, Ásia e América Latina, fornecendo energia limpa para um desenvolvimento sustentável. “A energia eólica é a opção mais competitiva para adicionar nova capacidade à matriz elétrica em muitos mercados em crescimento”, analisa Sawyer.
O avanço das eólicas, contudo, passa pela redução do papel dos combustíveis fósseis e isso inclui também a busca de alternativas para o setor de transporte, maior emissor de CO2. O mercado para mobilidade elétrica, tanto para veículos elétricos quanto para os de transporte público, vai continuar a crescer significativamente e, com isso, vai crescer também a demanda por energia no setor de transporte.
A fonte eólica está na pole position para fornecer essa demanda crescente, colocando a eólica como uma das indústrias chave do setor de energia”, explica o Dr.Sven Teske, analista-chefe do relatório e Diretor de Pesquisa do Institute for Sustainable Futures da University of Technology Sydney.