A Engerey, empresa curitibana especializada no planejamento e montagem de painéis elétricos, foi surpreendida, no final do ano passado, com a alta expressiva da conta de luz. Em relação a 2014, apesar de o consumo ter seguido a média, o valor da tarifa cresceu 100%.
A preocupação em equilibrar as finanças e manter a saúde do negócio fez a companhia aderir, em janeiro, a soluções relativamente simples, mas que vêm gerando uma economia de 46% ao mês na tarifa de energia. Em termos financeiros, a nova condição garante à Engerey ganhos mensais de R$ 2 mil.
Soluções
Para alcançar o feito, três medidas foram adotadas. A substituição de telhas normais por translúcidas no barracão de 620 m² onde são feitos os painéis elétricos, a troca de 380 lâmpadas convencionais por modelos de LED 18 watts que consomem 90% menos energia e duram cinco vezes mais e, por fim, a instalação de um sistema inteligente, que desliga as luzes da empresa na hora do almoço e os computadores, quando inativos por mais de cinco minutos. Só a última medida já vem sendo responsável por, pelo menos, 10% de toda a economia mensal.
Segundo o diretor da companhia, Fábio Amaral, R$ 20 mil foram gastos nas melhorias, mas a economia nas contas deve pagar o investimento até o fim do ano. “No barracão, as luzes só precisam ser acesas a partir das 17h. No verão, a equipe trabalhou até às 18h com luz natural. As telhas transparentes e as novas lâmpadas também dão uma iluminação melhor aos locais de trabalho. Tudo está de acordo com os padrões exigidos pelo Ministério do Trabalho. A equipe tem gostado”, conta.
O dinheiro recuperado até agora já teve destino. Os uniformes dos 65 funcionários estão sendo substituídos por novos, feitos a partir de algodão e garrafas pet.
“De início, aderimos às soluções para economizar, mas as vantagens que estamos gerando ao meio ambiente são muito significativas. Atuamos em um cenário micro, mas, se mais empresas perceberem o quanto podem economizar com estratégias possíveis, podemos evitar uma futura crise energética e incentivar o poder público a investir cada vez mais na visão ecológica consciente”, conclui Amaral.