A temporada de verão está batendo à porta e, em meio ao mar de guarda-sóis que toma conta das areias das praias Brasil afora, existe também uma grande oportunidade de geração de energia solar. A ideia surgiu quando o empresário carioca Roberto Redovalio se deparou com essa cena na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, e resolveu lançar um guarda-sol com placas fotovoltaicas para captação de energia solar.
“Todos os dias são montados e desmontados inúmeros guarda-sóis e não utilizamos essa superfície. Resolvi unir esse potencial disponível a grande demanda pelo carregamento de baterias em dispositivos móveis interface USB, como smartphones e tablets”, afirma o empresário.
TERRENO FÉRTIL
O uso de energia solar para carregamento de dispositivos móveis encontra um terreno promissor, uma vez que cresce exponencialmente o uso de smartphones no país. Segundo estudos da 27ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), a população brasileira possui hoje 168 milhões de smartphones, e a projeção é que em 2018 o país tenha 236 milhões de unidades.
A novidade, lançada pela empresa Ecobarracas, é composta pelo guarda-sol com fiação instalada e por uma placa fotovoltaica com conexão para USB, que permite carregar diretamente no dispositivo eletrônico. A placa fotovoltaica é pequena, tem 18 cm de largura por 44 cm de altura, e possui 6,75 watts de potência (as placas fotovoltaicas residências geralmente têm 250 watts). Com isso, o equipamento tem capacidade para recarregar a bateria de um celular completamente em aproximadamente duas horas e meia de exposição ao sol.
Também é possível comprar somente a placa fotovoltaica portátil – carinhosamente apelidada pela empresa de Tuaregue, que significa nômade nos países árabes – e instalá-la no seu guarda-sol (no site da empresa é possível encontrar um vídeo explicativo de como fazer o cabeamento). “Oferecemos essa opção para não incentivar o consumismo desmedido. Assim é possível aliar a tecnologia que oferecemos com o reaproveitamento de itens que o usuário já dispõe”, explica Redovalio.
O equipamento é resistente à água e areia, mas não é recomendada a exposição excessiva à chuva, por exemplo. Além disso, também funciona em dias nublados, entretanto irá gerar menos energia e, consequentemente, o tempo de carregamento será naturalmente maior.