| Foto: Peter Hartree/Flickr/Reprodução/

Um potente equipamento de perfuração é a aposta de pesquisadores islandeses para aproveitar o potencial energético do calor interno da Terra. É que o pequeno país nórdico, conhecido por sua alta concentração de vulcões, quer usar magma - a massa formada por rochas em fusão total ou parcial no interior terrestre - como fonte renovável de energia. As informações são da revista New Scientist.

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Iniciado em meados do último mês de agosto na península de Reykjanes, no Sudoeste do país, o Projeto Islandês de Perfuração Profunda (IDDP, da sigla em inglês) pretende atingir cinco quilômetros abaixo da superfície da Terra. Segundo Albert Albertsson, diretor assistente da HS Orka, empresa de energia envolvida no projeto, o equipamento irá perfurar uma extensão terrestre da Dorsal Mesoatlântica, cordilheira submarina que vai do Atlântico ao Ártico e separa a placa tectônica Norte-americana da Eurasiana.

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Em tal profundidade, o magma se movimenta de cima para baixo devido à atividade vulcânica presente, e encontra e aquece a água do mar. Nesse ponto, a pressão é altíssima - mais de 200 atmosferas - e a água está na forma de “vapor supercrítico”, tendo ultrapassado os 1000°C após ser aquecida por lava.

Essa será a segunda tentativa de perfuração profunda do IDPP. A primeira foi em 2009, no campo geotérmico do sistema vulcânico de Krafla, no Norte da Islândia. A experiência, porém, fracassou, já que magma foi encontrado a cerca de dois quilômetros de profundidade, não estando, portanto, no ponto ideal.

Os esforços são grandes porque o potencial energético do vapor aquecido por lava é enorme. Estima-se que apenas um desses poços teria a capacidade de geração de 50 megawatts (MW), dez vezes mais que um poço geotermal comum. A quantidade é suficiente para fornecer energia a mais de 50 mil casas.

Além disso, a Islândia leva a sério o uso de fontes renováveis de energia. O país já não utiliza nenhum tipo de combustível fóssil, lançando mão apenas de eletricidade gerada por meio de campos geotérmicos ou hidrelétricas.

Colaborou: Mariana Balan.

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