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INOVAÇÃO

Lâmpadas de garrafa PET e postes solares levam luz a locais isolados

Voluntários brasileiros da ONG  Liter of Light (Litro de Luz),  criada nas Filipinas a partir das “lâmpada PET” desenvolvidas pelo brasileiro Alfredo Moser, em 2002. | Divulgação/ONG Litro de  Luz
Voluntários brasileiros da ONG Liter of Light (Litro de Luz), criada nas Filipinas a partir das “lâmpada PET” desenvolvidas pelo brasileiro Alfredo Moser, em 2002. (Foto: Divulgação/ONG Litro de Luz)

Quando a noite cai, tarefas simples como cozinhar, tomar banho e estudar ficam inviáveis para cerca de um milhão de brasileiros que não têm acesso a energia elétrica no país. Dispostos a mudar esse cenário, voluntários da ONG Litro de Luz, tiraram 14 mil brasileiros do escuro nos últimos dois anos. Em todo o mundo, o trabalho da ONG, distribuída por 21 países, já beneficiou 1,2 mil comunidades carentes ou isoladas.

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Utilizando garrafas PET recicladas, um pouco de água e alvejante, o projeto cria lâmpadas diurnas para serem instaladas no telhado de quem não tem acesso à energia elétrica ou condições de pagar por ela. Quando a claridade incide pelo topo da garrafa, ocorre o fenômeno físico da refração e a luz se espalha por todo o ambiente. A intensidade da luz de cada lâmpada é de 60 watts, em média. O desempenho é similar a focos comumente utilizados dentro de casa.

Postes solares

Materiais como canos de PVC, placas solares e focos de LED são utilizados na construção de lâmpadas noturnas e postes para iluminação pública. A claridade nas vias de acesso dos locais atendidos, que antes ficavam na penumbra, chega a reduzir o índice de assaltos ou casos de violência contra a mulher, por exemplo.

No caso dos postes, a lâmpada inserida na garrafa recebe energia de uma bateria estacionária de 12 volts, alimentada pele energia solar captada por placas fotovoltaicas ao longo do dia. Um sensor mantém a lâmpada ligada por toda a noite. (Veja vídeo).

O sistema foi aprimorado pela Empresa Júnior de Engenharia Elétrica (ENETEC), da Universidade Nacional de Brasília (UNB), em parceria com o idealizador do projeto no Brasil, o jovem Vitor Belota Gomes, de 27 anos. Segundo ele, além do benefício social, a contribuição ao meio ambiente que o movimento fornece também é expressiva.

“A cada poste que instalamos, são 250 quilos de CO2 que deixam de ir à atmosfera, por ano”, diz. O cálculo, ele explica, leva em conta a emissão que seria gerada pela construção de uma estrutura convencional e a porção energética economizada em relação ao sistema tradicional.

Mais de três mil postes já foram instalados nos países onde o projeto atua. Cada um custa de R$ 300 a R$ 600. Um poste de concreto, por exemplo, pode chegar a R$ 3 mil.

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