O setor eólico está preocupado com a contratação de nova energia neste ano e quer convencer o governo sobre a necessidade de contratação de mais energia em 2016, mesmo diante de um cenário de sobras de energia vivenciado atualmente.
A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, contou que está defendendo junto a representantes do novo governo a necessidade de contratação de energia de reserva, seja do ponto de vista de segurança energética, seja do ponto de vista de sustentação da cadeia produtiva eólica.
“O setor eólico é um dos poucos setores que cresce, junto com o agronegócio. No ano passado, crescemos 47% e investimos R$ 20 bilhões”, disse Elbia Gannoum. “Se não houver leilão este ano, os fornecedores vão embora”, acrescentou, defendendo a necessidade de garantir os leilões.
Conforme relatório anual de geração eólica 2015, divulgado nesta quarta-feira (25) no ano passado o Brasil foi o quarto país que mais instalou capacidade eólica, chegando à marca de 9,5 GW. “Nossa estimativa é que passamos a Itália e já somos o nono país em geração eólica”, disse o diretor técnico da Abeeólica, Sandro Yamamoto.
Segundo ele, até 2019 o Brasil deve chegar a 18,5 GW de capacidade, número que pode aumentar, dependendo da realização do leilão de reserva este ano. “Vamos trabalhar para uma boa contratação”, disse, acrescentando que a meta do setor é a contratação de 2 GW ao ano.