O presidente do consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus), Victor Paranhos, protocolou nesta quarta-feira na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o projeto completo da Usina Hidrelétrica de Jirau, a ser construída no Rio Madeira, em Rondônia (RO). Desse projeto consta a proposta de mudança do local de construção da usina.
Ao sair da agência, ele declarou que "a Aneel tem agora todas as informações para tomar uma decisão" e aceitar ou recusar a proposta da Enersus de construir a usina a uma distância de 9 quilômetros do local previsto no edital de licitação do projeto da hidrelétrica. Ao todo, Paranhos entregou à Aneel quatro volumes em textos, mapas e plantas de engenharia, além de dois DVDs.
Questionado por jornalistas sobre a interpelação judicial movida contra ele pela Odebrecht para que confirmasse ou não ter feito declarações de que a empreiteira teria espionado o consórcio, Paranhos respondeu que seus advogados o proibiram de falar sobre o assunto. Em mais um episódio da batalha que está sendo travada entre o consórcio e a Odebrecht em torno do projeto de construção da usina de Jirau, a empreiteira anunciou ontem que faria a interpelação judicial.
"Ainda não fui intimado, e os advogados do consórcio me proibiram de falar sobre esse assunto", disse Paranhos. O consórcio Enersus arrematou a concessão do projeto da usina, em maio passado, em leilão promovido pelo governo, mas vem sendo questionado pela Odebrecht, porque esta pretende alterar o local da construção da usina.
Na próxima sexta-feira, o presidente do consórcio participará de reunião de um grupo técnico do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). É um grupo cuja tarefa está voltada exclusivamente para o acompanhamento do processo de Jirau.
Paranhos disse acreditar que "novas arestas" deverão ser aparadas na reunião de sexta-feira, que será realizada no Ministério de Minas e Energia. Ele qualificou de "técnica" a reunião desta quarta-feira com a diretoria da Aneel.
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