Engenheiros da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) resolveram suspender a greve iniciada na manhã desta terça-feira (8) após a empresa apresentar proposta à categoria para o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações. Os engenheiros da Sanepar no estado do Paraná retomaram as atividades por volta das 14 horas.
Segundo a assessoria de imprensa do Sindicado dos Engenheiros do Estado do Paraná (Senge-PR), foi protocolado um ofício às 16 horas no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Curitiba, apresentando a contraproposta da categoria à companhia, com a presença do departamento jurídico da empresa.
O sindicato vai aguardar posicionamento da Sanepar até a próxima terça-feira (15) para decidir se retoma ou não a paralisação. Ainda de acordo com a assessoria do Senge, os engenheiros consideraram a proposta da companhia insuficiente.
Por volta das 11 horas, sindicato e empresa realizaram na capital paranaense assembleia que definiu a suspensão da greve. Na manhã desta terça-feira (8) os engenheiros da Sanepar anunciaram greve por tempo indeterminado.
Em Curitiba, um protesto ocorreu em frente à sede da Sanepar, na Rua Engenheiros Rebouças, nesta manhã. Aproximadamente cem manifestantes estavam no local, por volta das 10h15.
Segundo o sindicato, 80% dos 400 engenheiros da Sanepar aderiram à greve em todo o estado. "Aguardamos uma nova proposta da empresa e faremos assembleias para decidir continuar ou encerrar o movimento", afirmou o presidente do Senge, Ulisses Kaniak, na manhã desta terça.
Funcionários da empresa em Ponta Grossa, Cascavel, Maringá e Londrina também haviam aderido à paralisação. A Sanepar informou que os serviços não foram afetados pela greve e que segue negociando com o sindicato. "A Sanepar confia nos sindicatos para concluir as negociações de forma positiva para todos os trabalhadores", informou a companhia por meio de nota.
Reinvindicações
Diante da greve iniciada pelos engenheiros, a Sanepar propôs à categoria a implantação de novo Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações em 12 meses. Segundo a assessoria do Senge, a proposta não agradou aos engenheiros.
Dentre as reinvindicações da categoria, conforme a assessoria, estão a implantação de um novo plano de cargos e salários em até 180 dias, previsão de acordo coletivo para a ampliação do piso da categoria (os engenheiros pedem ao menos nove salários mínimos de remuneração, aproximadamente R$ 5,6 mil), além de um plano que garanta salários diferenciados aos profissionais com mais tempo de carreira e de manutenção da proposta já assegurada ao sindicato pela Sanepar.