Descontos em serviços podem ajudar a adequar as despesas à realidade financeira da família| Foto: Gilberto Abelha/ Gazeta do Povo

Terminar o mês com dinheiro na conta é um desafio para muitas pessoas. Com alguns passos simples, no entanto, é possível equilibrar o "fluxo de caixa" familiar – ou seja, a renda mensal e os gastos – e evitar empréstimos para quitar eventuais dívidas.

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A primeira orientação de especialistas é entender o orçamento familiar.

Para conhecer essa dinâmica, é preciso anotar, seja numa planilha no computador, num aplicativo ou mesmo em um caderno, tudo o que se recebe e todos os gastos. Até os considerados pouco expressivos, como o cafezinho depois do almoço e o doce no meio da tarde, podem pesar no orçamento. Esse "fluxo de caixa" deve incluir também as dívidas preexistentes.

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Poupança

Feito esse exercício, os consultores recomendam que, logo após receber o salário, já se remova a quantia destinada à poupança.

A melhor forma de motivação para quem quer guardar dinheiro é associar os recursos a um objetivo, segundo o especialista em finanças pessoais Reinaldo Domingos, da escola de educação financeira DSOP. Pode ser uma meta de até um ano, como fazer uma viagem, de uma década, como a casa própria, ou superior a dez anos, como a aposentadoria. "Em vez de esperar terminar o mês para guardar o que sobrou, comece a priorizar. Depois que retirar a parte relativa ao seu investimento, as demais contas têm que dar zero", recomenda Márcio Neubauer, da Soma Invest.

Para adequar as despesas ao orçamento e ainda garantir o dinheiro da poupança, muitas vezes é preciso adaptar o padrão de vida à realidade financeira. Descontos nos serviços utilizados, como os de TV por assinatura e de telefonia, podem aliviar as contas. Vale a pena também reduzir o número de jantares fora de casa e de idas ao cinema, por exemplo, para reequilibrar o orçamento.