As entidades de defesa do consumidor classificaram como positiva a ampliação do novo rol, mas consideraram a lista incompleta por não ter incluído transplantes que são cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como os de coração, fígado e pulmão. "O SUS permanecerá com o encargo de atender toda a população brasileira que necessita desses transplantes e em todos os outros casos, geralmente de alta complexidade e mais caros, que não são cobertos pelos planos, seja por não estarem no rol de coberturas obrigatórias, seja pela atuação de má fé das operadoras", avalia Juliana Ferreira, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
A entidade participou da elaboração da proposta, enviando contribuições para a consulta pública. O Idec reivindicou maior transparência na discussão do tema, devido ao fato de a proposta feita pela Associação Médica Brasileira (AMA), pedindo a inclusão dos transplantes, ter sido excluída sem qualquer explicação da listagem de procedimentos do novo rol. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) também defendeu a inclusão dos transplantes. A entidade pediu ainda, sem sucesso, a cobertura ilimitada de consultas e sessões com nutricionista, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo.
