Os usuários dos planos de saúde do Paraná podem não conseguir ser atendidos em consultas eletivas na próxima quinta-feira (25), data marcada como o Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde. Apesar dessa não ser a orientação do Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar), do Conselho Regional de Medicina (CRM) e da Associação Médica do Paraná (AMP) entidades que representam a classe no estado muitos médicos, por autonomia, podem decidir pela paralisação.
Nesta data, médicos de todo o país organizam manifestações contra as operadoras dos planos de saúde. No estado, as entidades ainda não definiram que tipo de protesto irão realizar.
Em situações de urgência e emergência, o atendimento será feito normalmente. Em nota, a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) informou que "em caso de suspensão temporária de atendimentos eletivos, os pacientes serão atendidos em nova data, que será informada".
A pessoa deve entrar em contato com o(a) médico(a) para saber se ele(a) irá aderir ao movimento. O Simepar informou que usuários de todas operadoras de saúde poderão ser afetados. As exceções são os clientes dos planos da Copel, Sanepar e Petrobras, que já fecharam acordo com os médicos.
Reivindicações
Os médicos reivindicam reajuste nos valores das consultas e dos procedimentos pagos pelos planos. No Paraná, o valor da consulta está em R$ 42,00. A proposta da AMP é de R$ 100, embora os planos de saúde da Copel, Sanepar e Itaipu Binacional já tenham fechado acordo de repasse no valor de R$ 80 por consulta, o que a associação considera o mínimo do valor previsto.
Estabelecimento de relação trabalhista - e não comercial entre os profissionais e as operadoras também está na pauta.
A manifestação de 25 de abril tem o apoio do Conselho Federal de Medicina, da Associação Médica Brasileira e da Federação Nacional dos Médicos. Em Curitiba, a categoria vai se reunir na sede da Associação Médica, no bairro Água Verde, para debater e detalhar os motivos da paralisação.