A entrada de dólares no Brasil supera em US$ 5 bilhões a saída de recursos estrangeiros em março, segundo dados parciais do Banco Central até dia 20. Essa é a maior entrada mensal desde maio do ano passado (US$ 10,8 bilhões).

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A maior parte do dinheiro (US$ 4,8 bilhões) se refere ao segmento de operações financeiras. O restante faz parte da conta comercial.

Entre os destaques do mês está a entrada líquida de US$ 4 bilhões para investimentos estrangeiros em renda fixa, aplicação que ganhou força desde o ano passado com a alta da taxa básica de juros (Selic), que subiu de 7,25% para 10,75% ao ano.

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Também se destacam no mês corrente as captações de recursos no exterior por empresas brasileiras, como Petrobras e Banco do Brasil.

Estimativas

O BC reduziu a previsão para o superávit da balança comercial em 2014 de US$ 10 bilhões para US$ 8 bilhões. A explicação para a mudança é a expectativa para as exportações, que recuou de US$ 255 bilhões para US$ 253 bilhões. Para as importações, foi mantida a projeção de US$ 245 bilhões.

Devido à reestimativa para o saldo comercial, o banco alterou sua previsão para o deficit nas transações de bens e serviços com o exterior, que subiu de US$ 78 bilhões para US$ 80 bilhões.

Em fevereiro, o déficit ficou em US$ 7,44 bilhões, abaixo dos US$ 8 bilhões estimados pelo BC. No acumulado do ano, cresceu de US$ 17,9 bilhões para US$ 19 bilhões.

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