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Apesar da ameaça do governo de adotar novas medidas para segurar a queda do dólar, a entrada de moeda estrangeira no país e a especulação no câmbio seguem fortes neste início de ano. Até o último dia 4, entraram líquidos (diferença entre ingressos e saídas) US$ 24,356 bilhões, mais que o verificado em todo o ano de 2010 (US$ 24,354 bilhões), segundo o Banco Central.

O resultado é puxado por operações financeiras, principalmente investimentos estrangeiros de longo prazo no setor produtivo e empréstimos feitos por empresas brasileiras no exterior. O capital especulativo de curto prazo parou de entrar no fim do ano passado, quando o governo aumentou a tributação sobre investimento estrangeiro em renda fixa. Também caíram as aplicações na bolsa. Outro fator que pressiona a cotação da moeda é o aumento da especulação no mercado de câmbio.

As dívidas dos bancos no mercado à vista subiram de US$ 11 bilhões em janeiro para US$ 12,7 bilhões, o que significa uma aposta maior na queda do dólar. O BC já adotou medidas para punir as instituições, a partir de abril, caso esse valor não caia para US$ 10 bilhões.

Cotado no fim da tarde de ontem a R$ 1,661, o dólar acumula queda de 0,3% no ano. Para analistas, não há demanda suficiente por dólares no mercado para que haja uma recuperação no preço da moeda norte-americana.

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