Rio de Janeiro A indústria teve o pior desempenho entre os setores do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, com uma queda de 0,3% na comparação com os três primeiros meses do ano. No período, o PIB cresceu apenas 0,5% na comparação com o primeiro trimestre. Em relação ao mesmo período do ano passado, o avanço foi de 1,2%.
As indústrias de siderurgia, metalurgia, química, têxtil, calçados e madeira apresentaram os piores resultados influenciados, sobretudo, pelo efeito cumulativo da valorização do real, a paralisação de plataforma da Petrobras, além da competição com a indústria da China.
A indústria de transformação apresentou uma queda de 0,4%. Por outro lado, a indústria extrativa mineral registrou um avanço de 1,5%, enquanto a construção civil avançou 2,6% e os serviços industriais de Utilidade Pública subiram 1,5%.
O setor externo também teve papel preponderante na desaceleração do crescimento econômico.
As exportações tiveram queda de 5,1% na comparação com o primeiro trimestre do ano, enquanto as importações apresentaram recuo de 0,1%.
Já o volume de bens exportados registrou queda de 0,6% na comparação com o mesmo período do ano passado -a menor desde o terceiro trimestre de 2003-, enquanto o volume de bens importados subiu 12,1%.
O Indicador do Nível de Atividade (INA) apurado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) caiu 1,8% em julho em relação a junho, sem ajuste sazonal. O dado faz parte do Levantamento de Conjuntura, divulgado ontem pelas duas instituições. Na comparação com julho do ano passado, o INA cresceu 1,6%. De janeiro a julho, houve crescimento de 3% em comparação ao ano passado.
Considerando o ajuste sazonal, o INA oscilou -0,3% no período de julho em comparação ao mês de junho. Por ter alterado este ano a metodologia de apuração do INA, as duas instituições não compararam o dado de julho com o verificado no mesmo mês em anos anteriores com ajuste sazonal. O Levantamento de Conjuntura relata ainda que o nível de utilização de capacidade instalada (Nuci) do total da indústria paulista ficou em 80,1% em julho sobre junho, sem ajuste sazonal, que estava em 82,5%.
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