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Em mais um pregão volátil, a Bovespa encerrou os negócios em queda nesta segunda-feira (11), com seu principal índice sendo pressionado pelo recuo das blue chips, depois que o pacote de resgate da União Europeia aos bancos da Espanha surtiu pouco efeito em eliminar receios sobre a crise no bloco.

O Ibovespa recuou 0,79%, a 54.001 pontos. Na máxima do dia, no entanto, o índice chegou a subir 1,78%, a 55.400 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,42 bilhões.

"Os mercados compraram a expectativa da blindagem dos bancos, mas ainda existem muitas incertezas associadas ao anúncio do resgate dos bancos na Espanha", disse o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos. "Também permanece muita preocupação com as eleições da Grécia no fim de semana."

Os principais mercados acionários tiveram um entusiasmo inicial após o anúncio de que os ministros das Finanças da zona do euro aprovaram no final de semana um pacote de 100 bilhões de euros para os bancos da Espanha.

Mas o otimismo logo cedeu lugar às dúvidas sobre como será feito o resgate, além dos temores com as eleições na Grécia, que devem determinar o futuro do país na zona do euro, esfriando o ânimo dos mercados e levando bolsas ao vermelho.

Em Wall Street, o Dow Jones recuou 1,14%. Mais cedo, o principal índice de ações europeias desacelerou os ganhos e fechou em leve alta de 0,08%.

Na bolsa paulista, o tombo das blue chips pesou no Ibovespa, com destaque para OGX, que caiu 7,4%, a R$ 9,39, seguida pela preferencial da Petrobras, que recuou 2,6%, a R$ 18,39 reais, refletindo também o recuo dos preços de petróleo no mercado internacional.

Ainda entre as ações mais negociadas, a preferencial da Vale recuou 1,18%, a R$ 36,89, após os dados acima do esperado de exportação da China não serem suficientes para sustentar a alta que o papel marcou no início dos negócios.

TAM reduziu as perdas nos ajustes finais do pregão e fechou em queda de 2,1%, a R$ 41,51, após ter chegado a cair mais de 10% no início da tarde. O movimento antecede a oferta de permuta para fechamento de capital da companhia, com leilão marcado para terça-feira.

Na outra ponta, Gafisa subiu 8,47%, a R$ 2,69, ainda refletindo o anúncio da semana passada de emissão de ações para compra dos 20% de participação que ainda não detém na Alphaville Urbanismo.

Segundo analistas, a proposta foi vista pelo mercado como positiva, já que o preço fixado para a emissão das ações é de R$ 5,11, que indica prêmio sobre o valor de mercado, também indicaria diluição menor que a esperada para os acionistas da companhia.

Para o analista Eduardo Dias, da corretora Omar Camargo, o cenário externo deve continuar pesando na Bovespa e impondo volatilidade aos negócios na bolsa local.

"Para os atuais níveis de taxas de juros no Brasil, se não houvesse fatores exógenos, a bolsa estaria melhor. Mas com toda essa polêmica no cenário internacional, o mercado local também sofre."

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