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O principal ponto de discordância entre os ministros Antônio Palocci, da Fazenda, e Dilma Rousseff, da Casa Civil, tem sido a economia de recursos para conter o aumento da dívida pública. Palocci defende o aumento do superávit primário da atual meta de 4,25% do PIB para cerca de 5%. Dilma afirma que um esforço fiscal tão grande bloqueia investimentos importantes em infra-estrutura e "enxuga gelo’’, porque é consumido para pagar juros.

Saiba mais sobre os fatores que influenciam o comportamento da dívida:

Superávit primário – é o quanto de receita o governo federal, estados, municípios e empresas estatais conseguem economizar, após o pagamento de suas despesas, sem considerar gastos com juros da dívida. O superávit pode crescer pelo aumento da arrecadação de impostos e com maiores cortes nos gastos previstos no orçamento federal.

Juros – Como o governo precisa reduzir a proporção da dívida pública em relação ao PIB, a economia de receitas é usada para pagar os juros desses débitos, a fim de impedir seu maior crescimento e dizer ao mercado que haverá recursos suficientes para honrá-los.

Meta – O governo tem mantido uma política de superávits altos quando comparados aos resultados obtidos pela maioria dos outros países. Para 2005, a meta é economizar 4,25% do PIB. Como os juros permaneceram elevados em 2005, a equipe econômica discutiu o aumento da meta de superávit deste ano e de 2006, mas divergências entre ministros impediram mudanças até aqui.

Impacto da Selic

Do aumento de R$ 127,08 bilhões da dívida, R$ 114,08 bilhões são decorrentes do impacto dos juros no estoque da dívida. Só em outubro, o impacto dos juros no estoque da dívida chegou a R$ 11,02 bilhões. Mais da metade da dívida – 55,68% – é atrelada à taxa Selic, que vem crescendo desde setembro do ano passado e ontem foi fixada em 18,5% ao ano, depois de acumular alta máxima em agosto, de 3,75 pontos porcentuais.

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