Os investimentos em energia deverão atingir R$ 1 trilhão no período entre 2011 e 2020, segundo projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que constam no Plano Decenal de Energia. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, quase a metade deste total de investimentos deverá vir da Petrobras. A estatal está finalizando seu Plano de Investimentos para o período 2011-2015 e ainda não divulgou seus próprios números.
Segundo Tolmasquim, dos investimentos totais, a maior parte, R$ 686 bilhões, será destinada ao petróleo e gás natural, dos quais R$ 510 bilhões para a exploração, R$ 167 bilhões para a oferta de derivados e R$ 9 bilhões para a oferta de gás. Do volume total destinado ao setor de petróleo, pelo menos 30% deverá vir da iniciativa privada.
Entre os investimentos, a oferta de energia receberá R$ 236 bilhões, sendo R$ 190 bilhões para a geração e R$ 46 bilhões para transmissão. Também entre os investimentos estão R$ 97 bilhões que deverão ser destinados à oferta de biocombustíveis.
Para suprir a demanda nacional, segundo Tolmasquim, serão necessários empreendimentos que somem 19,383 mil megawatts (MW). Entre estes novos empreendimentos estão sendo consideradas as usinas hidrelétricas do Tapajós e outras pequenas espalhadas entre as regiões Nordeste e Norte principalmente, e algumas no Sul e Sudeste.
Segundo Tolmasquim, está descartada por enquanto a inclusão de projetos movidos a carvão. "Nada impede que algum empreendedor faça um investimento deste tipo para negociar no mercado livre, mas não deverá entrar nos nossos leilões. é polêmico. O Brasil tem uma quantidade de gás muito grande e é melhor aproveitar isso. O uso ou não do carvão terá que ser uma decisão do governo", disse.
Sobre outra polêmica, a construção de usinas nucleares, Tolmasquim disse que o Plano Decenal não prevê novas unidades. "Está prevista apenas a conclusão de Angra 3", disse.
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