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O Equador vai buscar pelo menos 70 por cento de desconto na recompra dos seus títulos internacionais, que começará em janeiro, segundo citação do ministro de Política Econômica, Diego Borja, publicada num jornal local nesta quarta-feira.

Borja, nomeado para o posto na semana passada, tem como função supervisionar alguns ministérios, entre eles o das Finanças, mas o seu papel na reestruturação da dívida ainda não está claro.

Os ministros que tem comandando a discussão sobre a dívida não estavam disponíveis para comentar a declaração publicada pelo jornal.

No início deste mês, o presidente Rafael Correa assustou os investidores ao declarar o calote de 3,8 bilhões de dólares em títulos internacionais, alegando que o débito fora feito de forma "ilegal" por governos passados.

Analistas calculam uma redução do valor de face dos títulos de 70 por cento a 90 por cento numa reestruturação da dívida. Os especialistas prevêem uma negociação difícil, que pode levar anos, já que os donos dos títulos exigem termos melhores do Equador, que, segundo eles, tem recursos para honrar os compromissos.

Borja afirmou ao jornal El Universo que planeja leiloar os títulos em janeiro e espera economizar "em capital pelo menos 70 por cento, ou mais".

Ele declarou que a recompra é considerada uma prioridade e que o governo vai levantar os fundos para a ação.

O ministro também disse ao diário que os títulos para 2015 serão excluídos de uma recompra, apesar de numa entrevista recente ele haver afirmado que o governo ainda avaliava se incluiria ou não esses títulos.

O valor de face dos títulos são 510 milhões de dólares para os de 2012, 2,7 bilhões de dólares (2030) e 650 milhões de dólares (2015).

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