Além da escassez de equipamentos e dos custos adicionais, outro ponto de atrito entre o Ministério do Trabalho e as empresas é o fato de o novo ponto eletrônico imprimir um comprovante de papel a cada registro de entrada e saída do empregado. O que seria um retrocesso diante das medidas de sustentabilidade adotadas pelas empresas para diminuir a geração de resíduos.
"A máquina nova vai emitir uma quantidade infinita de papéis. Isso vai na contramão de qualquer teoria de sustentabilidade que se discute hoje em dia", afirma o diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Luís Augusto Ildefonso da Silva. De acordo com a Alshop, cerca de 1 milhão de pessoas trabalham nos shopping centers brasileiros. Elas vão consumir aproximadamente 13 toneladas de papel por mês cada funcionário vai emitir 120 comprovantes mensais, pelas contas da Alshop. Cerca de 4,7 mil tíquetes podem ser impressos em cada bobina de papel, que pesa 500 gramas. "A medida é um enorme empecilho a qualquer projeto de preservação ambiental no setor varejista", diz Ildefonso.