| Foto: José Cruz - Agência Senado/José Cruz - Agência Senado

O ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, deixou claro na noite de segunda-feira que não quer integrar um possível governo Michel Temer. Em um jantar com o vice-presidente, Fraga disse que não quer ir para o Ministério da Fazenda, mas que pode ajudar na organização de propostas.

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Fraga era um dos nomes preferidos de Temer para liderar a nova equipe econômica. Nesta semana, entrou também na lista de sondados pelo vice-presidente o economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawall. Ele passou pela chefia da Secretaria do Tesouro no primeiro governo Lula e tem apoiado em entrevistas um ajuste fiscal rápido para a retomada da confiança.

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Também foram sondados o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o presidente do Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme, e o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung. Em entrevista na segunda-feira, Meirelles não quis confirmar ou negar que vai para o novo governo. Paulo Leme, por sua vez, não teria interesse em fazer parte da equipe, segundo uma fonte que acompanha as conversas.

Outro nome que ganhou força nos últimos dias foi o do presidente do Insper, Marcos Lisboa. Ele foi consultado durante a elaboração do documento Uma Ponte para o Futuro, que concentra as propostas do PMDB para a economia. Ex-secretário de Política Econômica da Fazenda, Lisboa vem estudando a falta de eficiência do gasto público. Ele teria de ser convencido a deixar o Insper.

Continua na lista de Temer o economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn, cotado para a presidência do Banco Central – ele passou pelo BC como diretor de política econômica no início dos anos 2000. Estão cotados também Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor de política monetária do BC, e Amaury Bier, que foi secretário executivo do Ministério da Fazenda.

A equipe de Temer tenta encontrar nomes de peso e com experiência de governo para, além da Fazenda e do BC, assumirem o Ministério do Planejamento, a Secretaria do Tesouro, a presidência do BNDES e dos bancos públicos, BB e Caixa. É provável que algumas diretorias do BC também sejam trocadas no início do governo.