Para Mansueto Almeida, ajuste fiscal levará a uma queda de juros| Foto: Henry Milleo/Gazeta

A urgência do ajuste fiscal para o governo aparece até mesmo na comunicação de sua equipe econômica. Os integrantes do time têm um grupo no WhatsApp chamado “ajuste fiscal inevitável”, segundo o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida.

CARREGANDO :)

“A equipe se conhecia antes mesmo de entrar no governo. Temos um grupo no WhatsApp chamado ‘ajuste fiscal inevitável’. Temos uma interlocução muito boa com o Banco Central”, disse Mansueto, ao participar de seminário promovido pela Firjan, pela FGV e pela agência de classificação de risco Standard&Poor’s.

O secretário rebateu nesta segunda-feira (21) que o ajuste fiscal comprometa o crescimento da economia brasileira. De acordo com Mansueto, a diferença do Brasil para países como EUA e Japão é que, aqui, a alta taxa de juros permite que a melhora nas contas públicas por meio de ajuste fiscal estimule a economia.

Publicidade

“Naqueles países, com juros muito baixos ou até negativo, a única arma de estímulo é a política fiscal. Aqui, não. Se a gente avançar no ajuste fiscal, a gente vai conseguir levar a uma queda de juros. A reforma fiscal aqui seria, assim, expansionista”, disse o secretário.

“O que não dá é aplicar aqui uma política keynesiana (estímulo por meio de aumento de investimento público) com esse nível de dívida e de déficit que temos aqui no Brasil”, completou.

Veja também
  • Banco do Brasil vai aposentar 18 mil funcionários e fechar 402 agências
  • “Caçadores de bolhas” veem mercados inflados nos EUA, Europa e China