Ter a casa própria, acesso a plano de saúde, filho em escola particular e automóvel deixaram de ser luxo para a família da aposentada Teresinha Sokoloski Coelho, 60 anos. Casada com o caminhoneiro Irineu de Jesus Coelho, 54 anos, e com uma filha adotiva de 9 anos, ela se diz feliz por ter uma boa condição de vida e contar com algumas regalias, como viagens e jantares em restaurante.
O Natal e o Ano Novo são passados na praia e Teresinha também faz viagens a cada três meses, aproximadamente, com roteiros que vão de Aparecida, em São Paulo, até Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul.
Dona da quarta maior arrecadação de impostos do estado, Ponta Grossa se beneficia do fato de ser um polo industrial no interior do estado, mas com relativa proximidade da capital. A cidade vem atraindo novos investimentos. Somente a cimenteira Cimpor deve investir R$ 440 milhões no município, que também contará com ampliações das fábricas da Tetra Pak e Cargill. "Essas indústrias e os bons resultados na economia poderão ter reflexo no futuro. No entanto, o que garantiu esse crescimento até agora é a proximidade com a capital, que até há pouco tempo era vista como algo negativo. Agora é preciso aproveitar o boom industrial para mostrar o que podemos oferecer e assim nos tornarmos a Campinas do Paraná no futuro", diz o presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), Márcio Pauliki.
O comércio da cidade prevê um aumento de vendas de 5% a 10% em 2011. A expectativa é de que a geração de empregos possa dobrar, para 9 mil nesse ano. "Houve uma inversão na pirâmide, com a maior parcela da população hoje nas classes C e B", explica o economista Alexandre Roberto Lages, do Centro de Estudos e Pesquisas Rouger Miguel Vargas, vinculado à UEPG.