O momento de escolha entre duas ou mais ofertas de emprego, apesar de trazer grande ansiedade, representa uma ótima oportunidade de direcionar a carreira. Quem já passou por esse sufoco atesta que fazer uma análise minuciosa, pesando prós e contras, ao em vez de seguir apenas o instinto vale a pena e, claro, evita enganos.
A diretora da ZHZ Consultores, Arlete Galperin, aconselha o profissional a fazer a escolha com os olhos no futuro. "É uma decisão que provavelmente vai ter impacto para o resto da vida." No caso de Ellaine Schwarz, de 22 anos, a escolha final demorou mais de um ano. Mas ela diz que acabou descobrindo o que realmente gosta de fazer. Na época, ela trabalhava em uma ótica e deixou o trabalho porque teve filho. "Fiquei 10 meses só cuidando do bebê, porque não valia a pena pagar um berçário com o que eu ganhava", conta. Ela até recebeu proposta de levá-lo para o trabalho, mas não aceitou.
Quando o orçamento doméstico exigiu que ela procurasse emprego, o ramo de telemarketing pareceu interessante por causa da jornada de seis horas diárias. Ela recebeu quatro propostas uma no ramo imobiliário e os outros três em centrais de atendimento por telefone. "Me dei ao luxo de escolher. Elegi o local mais próximo da minha casa, onde o salário seria maior que no emprego anterior."
Foram três meses de treinamento, mas quando ela finalmente começou, não ficou satisfeita e acabou trabalhando apenas 20 dias. Foi quando a ótica lhe fez uma nova proposta, elevando a oferta de salário. "Aceitei o cargo de gerente e voltei. Descobri que gosto muito do trabalho e estou satisfeita."