O ministro de Economia da Espanha, Luis de Guindos, anunciou neste sábado (9), em entrevista coletiva em Madri, que o governo de Mariano Rajoy solicitará ajuda do Eurogrupo ao sistema bancário do país. A entrevista foi dada ao término de uma teleconferência do Eurogrupo.
Em troca deste financiamento europeu - que implicará em uma injeção de capital no fundo público espanhol de ajuda ao setor bancário, que o injetará nos bancos que o necessitem - "não haverá nenhum tipo de condições de reformas econômicas fora do âmbito do setor financeiro", afirmou.
Os detalhes técnicos do resgate foram acertados durante uma teleconferência de emergência do Eurogrupo - que reúne os ministros das Finanças da zona do euro - convocada para o fim da manhã deste sábado e que terminou por volta das 13h30 (horário de Brasília).
O socorro europeu aos bancos da Espanha pode requerer até 100 bilhões de euros (R$ 250 bilhões), disseram fontes da União Europeia à agência de notícias Reuters e ao site do jornal "Wall Street Journal".
"A decisão sobre a Espanha só será tomada pelos ministros... (em uma segunda teleconferência)", disse um dos funcionários da UE antes do início da reunião. "O comunicado (após a reunião) vai mencionar 100 bilhões de euros como limite máximo."
O Fundo Monetário Internacional (FMI) havia estimado que os bancos espanhóis precisam de pelo menos 40 bilhões de euros (R$ 100 bilhões) após um teste de estresse realizado no setor financeiro do país.O FMI afirmou na sexta-feira que, apesar de bem gerido, o setor financeiro do país é vulnerável.
