A Espanha piorou a perspectiva de recessão econômica e déficit orçamentário para 2013, mas a União Europeia aumentou o prazo para o país reduzir o saldo negativo e atingir os limites impostos pelo bloco.
O primeiro-ministro Mariano Rajoy, que foi um forte defensor de austeridade no seu primeiro ano no poder, tem tentado desde fevereiro encontrar um meio-termo entre os campos de pró-austeridade e pró-crescimento.
As autoridades começaram nesta sexta-feira a esboçar um plano de reforma para levar a Espanha de volta ao crescimento. Mas os detalhes continuam limitados, com o governo dizendo que não há necessidade de aprovar novas grandes medidas estruturais, aumentos tributários ou cortes de gastos para atingir as novas metas.
A economia deve contrair 1,3 por cento este ano ante uma recessão de 0,5 por cento inicialmente esperada, informou o governo. O país voltaria a crescer em 2014.
O déficit público atingirá agora 6,3 por cento do PIB ante estimativa anterior de 4,5 por cento. Isso significa que, com um déficit de 7,1 por cento do PIB em 2012, excluindo os recursos injetados nos bancos do país, o governo terá que encontrar menos de 10 bilhões de euros para compensar a diferença em 2013.
O país também deve receber permissão de usar mais dois anos, até 2016, para trazer o déficit para abaixo do teto da União Europeia de 3 por cento do PIB.
Autoridades europeias disseram à Reuters nesta semana que a implementação das reformas, não o tamanho do programa, é essencial para obter a bênção da UE para a nova estratégia.