Os espanhóis estão perdendo a confiança em seus líderes políticos, depois que o governo de centro-direita impôs cortes de gastos para tentar atingir uma difícil meta de déficit, mostrou uma pesquisa publicada neste domingo (2) no maior jornal da nação, o El País.

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O Partido do Povo, do primeiro-ministro Mariano Rajoy, chegou ao poder no fim de 2011 e introduziu cortes orçamentários de cerca de 60 bilhões de euros (78 bilhões de dólares) até o fim de 2014. A quarta maior economia da Europa está sofrendo sua segunda recessão em três anos, e a taxa de desemprego chega a 25 por cento.

Mais medidas de austeridade devem ser adotadas enquanto a Espanha tenta evitar o que aconteceu com Grécia e Portugal, países que precisaram de ajuda internacional.

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Quase 90 por cento dos espanhóis veem a situação política no país negativamente, informou a pesquisa da Metroscopia, enquanto 85 por cento têm pouca ou nenhuma fé em Rajoy.

Setenta e um por cento dizem que desaprovam o premiê, uma taxa 20 por cento maior do que em março. O apoio ao governo caiu desde então, embora tenha oscilado positivamente em novembro.

A pesquisa, realizada entre 28 e 29 de novembro, entrevistou 1 mil pessoas em todo o país. Ela mostrou que 68 por cento das pessoas pensam que o governo não sabe o que está fazendo e está improvisando, um pouco menos do que os 70 por cento da pesquisa do último mês.

A sondagem foi conduzida antes de o governo quebrar outra promessa de campanha na sexta-feira, quando decidiu não aumentar as aposentadorias em linha com a inflação para salvar dinheiro, uma mediada que deve deixar o premiê ainda mais impopular.

Rajoy afirmou neste domingo, em entrevista a um jornal, que atingir a meta de déficit de 6,3 por cento em 2012, acertada com a União Europeia, é "muito complicado".

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