Quem faz
Ano de fundação: 1974
Em que área atua: Alimentação
Onde atua: No Brasil, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Bahia, e no Paraguai.
Quem são os donos: Cesar, Fabio e Rossana Brecailo, filhos do fundador Luiz Gonzaga Brecailo
Quantos funcionários: 500
Quanto espera crescer em 2013: 15%
Por que é bem feito no Paraná: Foi uma das precursoras do cachorro-quente em Curitiba e no momento passa por um processo de internacionalização de franquias no Mercosul.
Outros países fazem parte dos planos da rede
A mescla entre tradição e inovação tem sido a marca dos atuais diretores do Au-Au. O cardápio inclui o famoso cachorro-quente e ainda saladas, sobremesas e tantos outros pratos. Assim como a formação do mix de produtos e a adoção do modelo de franquias, a entrada no mercado do Paraguai se deve à descoberta de novas demandas de mercado. "Fomos procurados por empreendimentos de Salto del Guairá, na fronteira com o Paraná, e vimos uma oportunidade para começar o processo de internacionalização em uma região fronteiriça", conta Cesar.
A unidade paraguaia está sendo uma escola para a rede. O contrato entre franqueador e franqueado foi adaptado à lei do país, com regras específicas para a operação fora do Brasil. Os planos para uma internacionalização existem, mas serão executados com a mesma cautela do processo de franqueamento.
Além do Paraguai, o Au-Au tem nome registrado também na América do Norte e pretende obter registro no continente sul-americano. "No momento certo vamos internacionalizar. Hoje não está datado, é um projeto futuro, mas sem dúvida queremos expandir para fora. Sempre com cautela, não queremos dar o passo maior que a perna", ressalta Cesar.
Se hoje é comum comer cachorro-quente em diversas esquinas de Curitiba, muito disso se deve ao radialista Luiz Gonzaga Brecailo, fundador do Au-Au, que popularizou a famosa vina na capital. A rede de lanchonetes, fundada em 1974, começou com um carrinho de cachorro-quente e hoje já rompe a fronteira brasileira: desde o ano passado a empresa está no Paraguai.
SLIDESHOW: Confira as fotos da empresa
Chegar a esse momento de expansão internacional não foi fácil. Tudo começou na década de 1970, quando o radialista de Londrina viajou ao Rio de Janeiro e reparou que por todo o lado havia trailers que vendiam lanches. Percebeu ali uma oportunidade, porque o modelo era inédito em Curitiba. Resolveu investir no formato e em 1974 o primeiro carrinho de cachorro-quente saía às ruas da cidade.
Em pouco tempo, 25 barraquinhas se posicionavam em locais estratégicos da capital. Na década de 1980, entretanto, uma lei municipal que proibia o comércio de alimentos em carrinhos veio como um baque para o negócio. Poderia ser o fim da empresa naquela ocasião. Mas não foi. Brecailo rapidamente se adaptou às novas circunstâncias e abriu sua primeira loja na Rua Carlos de Carvalho, no Centro de Curitiba.
Mudava, mais uma vez, o hábito de comer cachorro-quente na cidade: antes, os carrinhos iam até os clientes; hoje, eles vão até as 24 unidades e vão em peso. Cerca de 100 mil pessoas passam todos os meses pelas unidades espalhadas pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Bahia, além da unidade de Salto del Guairá, no Paraguai.
Com a morte do fundador, há 15 anos, os filhos do radialista assumiram o controle da empresa. "Demos continuidade a seu trabalho realizando coisas que ele já planejava, como lançar novos produtos e abrir outras lojas", conta Cesar Brecailo, que comanda a rede com os irmãos Fabio e Rossana.
A nova gestão passou então a planejar a abertura de novas unidades na capital. "Havia quatro lojas até meu pai falecer, todas próprias. Quando assumimos, começamos uma 'expansãozinha', em Curitiba, com mais duas lojas", lembra Cesar. A receita do rápido crescimento da empresa, entretanto, contou com uma pitada de ousadia: há três anos, os diretores adotaram o modelo de franquias para seguir expandindo.
"Como não tínhamos como gerenciar lojas em outras cidades, ficou mais fácil expandir com as franquias. Mas não foi uma decisão fácil, estávamos muito receosos em dar esse passo. A procura por pessoas interessadas em abrir uma franquia do Au-Au era grande e sempre dizíamos não. Achávamos que não estávamos prontos, mas hoje estamos satisfeitos com o resultado", avalia Cesar.
Ao dizer sim aos interessados, o Au-Au sextuplicou o número de unidades, passando de quatro, no início dos anos 2000, para 24 lojas 12 delas próprias. Há mais uma unidade, com franquia já vendida, que abrirá em Ponta Grossa no primeiro semestre do ano que vem.
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