Para enfrentar o desafio da pulverização e garantir qualidade nas 120 mil refeições que serve diariamente, a londrinense Apetit investe em duas vertentes. A primeira são as pessoas. Os cerca de 1.600 funcionários e os clientes distribuídos em 11 estados são prioridade para a presidente Márcia Mocelin Manfrin, fundadora da empresa especializada em refeições coletivas. A gestão da Apetit aposta na premissa que combina satisfação, produtividade e rentabilidade. “Acreditamos que pessoas satisfeitas produzem bons resultados. Que clientes satisfeitos são fidelizados. E que empresas rentáveis se tornam perenes”, diz.
A segunda tem como foco a estratégia. Fornecer alimentação é um negócio que depende essencialmente de qualidade. Por isso a Apetit investe em processos fortes e bem estruturados para garantir que cada uma das refeições produzidas diariamente chegue ao trabalhador no padrão estipulado pela empresa. “Temos uma grande capacidade de produzir resultado. Por isso também optamos pela verticalização como premissa”, conta a presidente.
O cuidado com as pessoas e foco na gestão fez com que a empresa ficasse em 3º lugar entre as grandes empresas no Prêmio Bem Feito no Paraná 2016, uma iniciativa da Gazeta do Povo com apoio técnico do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP).
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Hoje a Apetit não opera apenas 180 restaurantes corporativos, como também processa os vegetais e as carnes utilizadas nas cozinhas e cuida da logística para que os alimentos cheguem corretamente até as cozinhas nas empresas. Neste ano, a empresa investiu R$ 10 milhões para implantar uma indústria de vegetais e carnes minimamente processados, em Londrina, e um centro de distribuição, em Apucarana.
A unidade de beneficiamento de vegetais movimenta 93 toneladas de alimentos por mês. Os vegetais e carnes são comprados de produtores locais, em seguida são selecionados, higienizados, cortados e embalados para uso nas cozinhas industriais da Apetit. O processo garante agilidade, qualidade e eficiência no dia a dia dos restaurantes. A batata, por exemplo, chega no restaurante corporativo descascada, picada e embalada a vácuo na porção utilizada naquele local.
“Todos os nossos processos são muito enxutos devido ao produto chegar em nossos restaurantes semiprocessado. Tudo isso também elimina muito resíduo orgânico na ponta”, diz Márcia. “Hoje trabalhamos até na escolha da semente do produto que o produtor. Fazemos um acompanhamento da terra à mesa. Todos os nossos fornecedores recebem acompanhamento dos nossos técnicos agrícolas”, destaca.
O centro de distribuição em Apucarana garante o abastecimento dos restaurantes, priorizando o prazo de entrega, segurança e integridade dos alimentos processados na Vitanativa. A empresa tem cargas semanais e quinzenais, dependendo da distância e da capacidade de armazenamento dos restaurantes dentro dos clientes. O local tem toda a estrutura de armazenamento de alimentos secos, resfriados e congelados. “Nós alimentamos o trabalhador brasileiro. Esse é o nosso orgulho”, destaca Márcia.